sexta-feira, 26 de novembro de 2010

moral da história


Contar nossa história
em minúcia, assim e assado
é querer que a memória
liberte-nos do passado

.

É sempre assim
o que teve começo
logo chega ao meio
e um dia vai ter fim

.

Paixão é sempre veneno
mesmo se não a mato,
me condeno

.

Se os sonhos não têm preço,
desapreço ou endereço
prá onde você vai
com tanta pressa?


.

Dois só guardam um segredo
se for bem tolo o enredo,
um for posto em degredo
ou jazer sob um lajedo


.

A vida é contrato de risco:
essa coceira no olho
pode tanto ser glaucoma
ou nada mais que um cisco

.

5 comentários:

Beto Guimarães disse...

Quem tem um olho e não tem glaucoma, como não gostar deste texto. Maravilha!

Lê Fernands disse...

sou tua fã.

sempre.

Unknown disse...

O Máximo em máximas!

Beijos

Mirze

Sílvia Ribeiro disse...

Maravilhosa, como sempre!
Bj

Melinda Bauer disse...

Misturando tudo é essa impermanência, esse movimento que não deixa quieto....
beijo