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Ninguém nunca se esquece da maior, rosa da rosa
Todavia permanece a cegueira hereditária.
Ainda há muita ferida de profundidade cálida
Que, por não ser de repente, vista é como irrisória.
Há.
Pensem nas crianças que morrem antes dos cinco anos por fome no vale do Jequitinhonha
(mudas telepáticas)
Pensem nas meninas vendidas no Iraque todos os dias
(cegas inexatas)
Pensem nas mulheres prostituídas em Cuba
(rotas alteradas).
E 376 mil crianças que morrem anualmente na Etiópia.
E 376 mil crianças que morrem anualmente na Etiópia.
E 376 mil crianças que morrem anualmente na Etiópia.
O espinho prevalece sobre a desnutrida esquálida.
É a rosa permanente, só que agora mais murchada.
Não menos estúpida, não menos inválida.
Sem cor, perfume, imprensa
Sem idéia, música, ciência.
Sem vez. Sem voz. Sem nada.
* A quatro mãos - Aléxia Alvim e Maria Paula Alvim
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4 comentários:
Maria Paula
Bela dissecção poética, triste visualização "anatômica" desta realidade que espeta e fere!
Bjs nas duas
Só de imaginar, a gente se espeta, se fere, mas não sabe o que é se rasgar como elas, isso, só sentindo na pele.
Grande poema de vcs.
Abraços.
Essa repetição, aos milhares, de peso e consciência, é a dor de um flor em cosntante primavera. Meu Deus!!!
Beijo na alma,
Márcio Ares (eu, homem das cavenas, ainda tentando enviar, por aqui, alguma mensagem!!)
shiiiiii..... agora a msg foi, mas com todos os erros que não deveriam ter ido.
Eh eh eh
Márcio Ares
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