Literal-mente

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

pra pensar

súbito bate a dúvida:

paixão é dádiva,

paga devida,

vocação atávica

ou dívida de (outra) vida?

.

.

Postado por Maria Paula Alvim às 19:31

Marcadores: poemetos

3 comentários:

Daniela Delias disse...: Lindo, lindo!!! Como ainda não conhecia essa Maria? Adorei encontrar o teu blog! Bjos ;); 26 de agosto de 2010 às 03:20
Unknown disse...: Menina, fico com o carma... É mais fácil aceitar e seguir...rs
Beijos!; 28 de agosto de 2010 às 13:14
Sueli Maia (Mai) disse...: Este teu poema ficou dissolvendo em minha língua, um longo tempo.

belo, belíssimo e reflexivo.; 28 de agosto de 2010 às 16:40

Postar um comentário

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

Assinar: Postar comentários (Atom)

escrever é catarse,
disfarce,
para que a alma
não se esgarce

Alice Ruiz

Maria Paula Alvim: O sol estava em câncer, ascendente em libra, quando nasci, virada pra lua. Já quis ser bailarina, astronauta e namorada do Chico Buarque - acabei médica. Brincar com as palavras é a minha catarse; ajudar as pessoas a se sentirem mais felizes consigo próprias, o meu ofício. mpaulaalvim@gmail.com

Ver meu perfil completo

" porque a força de dentro é maior.

maior que todos os ventos contrários"

Caio Fernando de Abreu

www.clinicaeme.com.br (31)2514.1860

Atalho do Facebook

Maria Paula Alvim

Criar seu atalho

língua de trapo

o ponto fraco:
falta-me pinto
mas tenho peito
e não me oprimo
.
tive partos,
gesto pactos
pago e reparto o pato
lavo pratos,
não importo
ma non troppo
.
levo pito,
represo o pranto
despisto
sempre pronta,
disposta
toda prosa
.
o ponto forte
eu já te conto
está na ponta
- da língua
.

armadilha

todo verso que rabisco
arisco me enrosca
tira lasca
.
cada estrofe que arrisco
é isca, me fisga
me enrasca, me rasga
.
o poema me traça,
faz troça,
renega, abre nesgas
.
e ate_nua minhas ru(s)gas
.

suicida

é fogo a paixão
se joga do vazio
pro fio
de alta te(n)são

De olho no lance

azar no amor
muitas vezes é sorte
amor de favor
é que é de morte

advento

Eu vinha
Ele, vinho
Nós...
adivinha

uaireless

mineiro bom de serviço
conta prosa, cria causo
(con)versa um tanto de coisa
- carece mais do que isso?!

bola oito

eis meu jogo favorito:
rolar macia ao seu lado,
e ser lançada ao infinito
tal qual um oito deitado

olho de peixe

vez por outra te enxoto
depois arrependo,
imploro, choro
.
fazer o quê
se quando te miro
me (m)olho?

by Cacaso

tô ficando atoladinha

Dúvida cr(u)eu

Cristo, Gandhi, Galileu
odiariam funk
tanto quanto eu?

the end

amor quando acaba
pra uns se transforma em renda
pra outros, saudade braba
pra poucos é paz tremenda

não bate que eu gamo

Súbito a saudade bateu.
Apanhei feio.
Surra de Cipó

TSUNAMI

(mar_e_moto)

quando Deus decide
tirar uma onda
é sinal que o mar
não está pra peixe

the way things are

talvez por falta de peito
ou por puro preconceito
ele optou por am(arr)á-la
no pretérito imperfeito
.
amor kamicaze :
atração fatal
ou quase
.
tô lascada
cansada da frase polida
da rima emp(r)oada
da vida fu(n)dida

definições traiçoeiras

a distraída atrai quem a trai
a traíra subtrai quem distrai
a retraída não atrai
não distrai, não trai
muito menos descontrai
( e não está nem aí )
.

sufoco

se acaso um dia
o ar me faltar
aviso desde já
é o ocaso

by Cacaso

sin

desejar não é feio
pecado é furtar
o coração alheio
e não poder carregar

duvide do olvido
divida por dois o ouvido
todo mundo tem,
meu bem,
telhado de vidro

vaca profana

eis o mistério da fé:
apreciar com classe
como se doce fosse
uma insossa alface

tardio

há dias adio
para mais adiante
o instante de admitir
nada mais adianta
entonces
adiós

filosofia rural

vaca que diz
que só vai pro brejo
quando tem boi na linha
é vaquinha de presépio
ou conta história pra boi dormir

no entremeio
falta falo
entredentes
jacta fala

" Dentro de cada persona mayor hay una persona más joven preguntandose qué carajo pasó"

Cora Harvey Armstrong

melhor que aspirina

te beijo toda, te deito no chão
e arranho nas suas costas
rimas de amor descompostas

sussuro um palavrão
pra te deixar saradona:
diimetilaminofenildimetilpirazolona

blog do Carlos Ruas

à beira de um ataque de nervos

de lua

vez por mês sangra,
singra à míngua,
solta a franga.
.

tonta

a folhinha aponta
um mês sem você
mas não conta o que falta
pra eu te esquecer.

que medo ...

quer virar a mesa,
fazer e acontecer, devassa
covarde, faz-se presa
e a vontade passa.

simples assim

tanto retraí,
que um dia distraí:atraí.
aí, traí.

( Maria Paula Alvim)

pé de moleque

uma dúvida me inunda:
foi por espasmo podálico
aquele pé na bunda?

salada de abobrinhas

CONSELHO
pra evitar acidente
oriente-se
no Ocidente
.
HAI-OCASO
fim de tarde
o sol parte
sem alarde
.
PRIMAVERA
lindo caso de amor:
o beija-flor a espera
pelo tempo que f(l)or
.
TIRO DE LETRA
no dia d
na hora agá
bum... vou cair e rolar

pau a pau

só entra em bola dividida
quem ama_dor multiplicada
pois o placar final, querida
é sempre noves fora, nada
( um nada pra cada lado )

bem ali no horizonte
fica o aeroporto
não sei se parto
ou so_corro

súbito bate a dúvida
paixão é dádiva
paga devida
vocação atávica
ou dívida de (outra) vida?

angelical

enquanto duvido
se anjo existe
meu anjo de guarda
aguarda
arcanjo, querubim
ou apenas
um ser_a_fim
pra mim

atacada

quando as palavras
se atracam comigo
saio por aí
desatada
destrancando
versos
por atacado

(Maria Paula Alvim)

não bate que eu gamo

um dia tiro a capa
removo esse verniz
vou dar a cara a tapa
a la leila diniz

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

maracatu cotidiano

"minha alma não é de aço
tampouco cultivo ferida
com o que passo, faço um paço
e do que passa, fica a vida"
( Aléxia Alvim)

.

paulo leminski

last but not least

erra uma vez

um dia já fui cinderela
branca de neve, em besta espera
hoje, há vez em que viro bela
vez por outra, acuada fera

dizem por aí...

Widgets BloggerSPhera

do fundo do baú

Free Blog Content

ó nóis aqui também

Tertúlia pão de queijo
Maria Clara simplesmente poesia
Poema curta metragem
O gato da odete

o gato da odete

Maukie - the virtual catgreat free widgetsWidgetboxMore info

realejo

marca d'água

" (1)
"canção do exílio" (1)
"gonçalves dias" (1)
"o grito" (1)
"seja quente ou seja frio (1)
Adão (1)
apocalipse (1)
artigo (2)
besteiras (20)
biografia (1)
Cacaso (1)
cacofonia (1)
Carlos Drummond Andrade (2)
Cassiano Ricardo (1)
causos (2)
citações (1)
classificados (1)
cordel (6)
crise existencial (1)
crônica (25)
curtas (1)
Deus (1)
dia do médico (1)
eleições (1)
exercício de criação (1)
frases (4)
hai-kai (4)
humor (7)
infantil (3)
infanto-juvenil (3)
intertexto (16)
João Guimarães Rosa (1)
Machado de Assis (2)
Magritte (1)
Manuel Bandeira (1)
Manuel de Barros (2)
Manuelzão (1)
Márcio Ares (13)
mini contos (29)
mpb; artigo (1)
Munch (1)
palavratrix (4)
Paulo Leminski (2)
pensamento (7)
poemas (31)
poemas de Cacaso (1)
poemeto (87)
poemetos (110)
poemetos inglês (1)
poesia (34)
poesihumor (1)
política (5)
prosa (4)
quadras (2)
René Magritte (1)
resenha (2)
rondel (5)
se for morno eu te vomito"; Márcio Ares; crônica (2)
ser mineira (1)
serenata sintética (1)
Sete faces (1)
tautograma (2)
tirinha (3)
triolé (1)
trovas (6)
vídeo (1)
vou-me embora pra pasárgada (1)

Procurando bem,
todo mundo tem
um olho no Chico.
Apesar de você.

sequela

"consequência tinha trema
quando ele se foi,
sequioso
tremi
.
na sequência
sigo só
ô sequidão"

( Maria Paula Alvim)

a face poeta projeta
panfleta sua arte bruta
a parte asceta é profeta
aparte: sou anjo biruta

( Maria Paula Alvim)

Postagens populares

deu zebra

Devia ser proibido contar prosa emendar soneto atiçar libido . depois feito nebulosa botar o branco no preto desbotar meu sonho color...
chose de loque*

em estado de choque jaz minha pele sem seu toque * bordão de Jô Soares em humorístico dos anos 80, falso cognato de "coisa de...
Keep walking

Mãos ao alto ainda me sobressalto com cada assalto no Planalto .
A música brasileira na ditadura militar

“ Você corta um verso, eu escrevo outro Você me prende vivo, eu escapo morto” Pesadelo – M. Tapajós e Paulo C. Pinheiro ...
Freud explica

tirinha de Carlos Ruas - Freud e Deus .
sentimento de araque

Coisa inútil e inveja, sentimento de araque. A pessoa enxerga no outro algo que pensa querer ter demais. E e tao forte o olhar na grama...
de olho no lance

o rastro é um naco do astro do navio faz parte o mastro menos é um pouco do mais sempre também é jamais humor é uma forma de pranto ...
inverno

seu jeito doce fez-me crer que enfim fosse primavera ele quis outono eu ( h) era .
Dor de cotovelo

Enquanto alguns só têm olhos para o próprio umbigo, perco-me em reflexões com meus cotovelos. Literalmente. Fico imaginando de onde Deus ti...
coisas da vida

Reação espontânea Conheceram-se no laboratório. Ela, base forte; ele, ácido fraco. Aplicaram entropia, ebulição, fusão. Quando a re(l...

escolhas

sou mais meu bem-me-quer
que mil poemas
de Baudelaire
( Maria Paula Alvim)

futuro do pretérito

ontem ele me olhou
e jurou pra sempre me amar
assim como sou

( Maria Paula Alvim)

sub_missão

olha, eu te desejo tanto
que até perdi a vontade
de me (sub)_verter em pranto
ou manter a dignidade

(Maria Paula Alvim)

"declaro-te meu amado, claro
declaro-me enamorada, calo
declaro sob o clarão da lua
declaro-me claramente tua"

(Maria Paula Alvim)

tutti buona gente

A monga e a executiva
Balaio porreta 1986
Blog da Nina Rizzi
Blog da Nydia Bonetti
Chacal
Cosmunicando
Coisas do Junco
Germinaliteratura
Líria Porto
Literapura
Lua em Libra
Luciano Pires
Maria Clara - simplesmente poesia
Nudez Poética
ogatodaodete
O livrão
Per tempus
Poema Curta-metragem
Poema dia
Poema Processo 1967
Portas Curtas Petrobrás
Recanto das Letras
Tutty Vasquez
Suave Coisa
Releituras

"mastigo o cotidiano à parte,
regurgito no papel, encarte
papa de arte"

( Maria Paula Alvim)

"é doença de nascença:
escrever dispensa licença
pra essa vida pre_tensa"
(Maria Paula Alvim)

é cedo

"sucede que cedo ou tarde
dá-se o mesmo desenredo
intercedo, sem alarde
procedo, não cedo
ex_cedo"

( Maria Paula Alvim)

os 4 estágios da vida

metades iguais

troco certeza absoluta
por abertura inaugural
a meu critério pessoal

Total de visualizações de página

alma de passarinho

viver é suave
grave é voar
feito ave

*
como andorinha,
corrupio, arrepio
e vivo por um fio

*
não choro por pena
é esse sol a pino
se pondo
nos meus olhos, a_penas

*
no ar, como urubu inquieto
rodo em círculos,
à espera de teto
pra pousar
só não sei voar

*
não gosto de famintos gatos
a gente cai como p(r)atos
no fim é pena pra todo lado
( prefiro os bem apanhados)

*

Free Hit Counter for Your Website or Bloggreat free widgetsWidgetbox

Tema Espetacular Ltda.. Imagens de tema por merrymoonmary. Tecnologia do Blogger.