Pena que a carne é fraca
o cerne, franco
e a vida passa
pra dama do Paço
ela é uma graça,
ele, um grosso
quando ele a canta,
perde o encanto
os anos passam
e a pança cresce
a bossa se vai
e fica o boçal
a pena é leve
e o vento a leva
a duras penas
Pena que a prosa venceu o prazo
a poesia perdeu as rimas
faltou melodia - que dia!
apenas... que fossa!
.
3 comentários:
Gostei, gostei muito, Maria Paula. Seu humor é afiado: cheguei até a encolher a pança que não tenho!
"Pena que a prosa venceu o prazo" - essa eu já guardei no bornal. Deve ser muito eficaz como patuá contra chatos.
Bjs
Pena afiada, essa sua. Excelente manual pra curtir e refletir.
Um abraço cheio de energias positivas.
Olá, só faltou o crédito da imagem, Maria Paula: esse desenho é meu.
Abs,
André Valente
Postar um comentário