sexta-feira, 17 de junho de 2011

Trovas polissêmicas




Dei um cravo a Gabriela
Ao som de um cravo de Bach
Beijo de cravo e canela
Cravou-se em meu paladar.


Pra tudo há tempo certo
Te peço, me dê um tempo
Tempo ruim, encoberto
Não é bom pra passatempo.


Posso dar cabo do cabo
Lá no cabo da esperança
Vingo-me, com ele acabo
Com o cabo desta lança.


Graça achou graça do moço
E riu, pois rir é de graça
No meio do alvoroço
O moço ficou sem graça.

.

5 comentários:

Sidnei Olivio disse...

Muito bom, Maria Paula, gosto muito de trovas com esse humor. Beijos.

Carla Farinazzi disse...

Maria Paula... você é realmente ótima.
"Pra tudo há tempo certo
Te peço, me dê um tempo
Tempo ruim, encoberto
Não é bom pra passatempo."
Adorei.

Carla

Lê Fernands disse...

pornto, escolhi:

graça com sabor de canela!


rsrs

bjs, maria.

Tuca Zamagna disse...

Boa de trova, você, Maria Paula.
É difícil fazer coisa boa nesse gênero tão "apertado", o quitinete da poesia. E você faz umas deliciosas, temperando o lirismo com humor.

Beijos

Júlia Zuza disse...

Poema mais gostoso de se ler! Brincar com palavras é até hj minha brincadeira predileta! Acertou em cheio, Maria Paula! Bj