terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

João e Maria




O primeiro me surpreendeu a laço
todo beijos e carícias - amém 
batia, amassava-me o rosto, à toa
dizia ter vindo de joão pessoa
até que deu uma de joão sem braço
pois bem lá no fundo era um joão ninguém

O segundo se aproximou de carro
feio, mas danado de bom e gostoso
quis dar-me casa feito um joão de barro
nunca cedia, tal qual joão teimoso
até que um dia quis se estrangular :
perdeu a cabeça como joão goulart

O terceiro veio após brava reza
dançou, pulou fogueira de são joão
apresentou-se a meu pai - tudo em vão
tal como um joão coragem que se preza
anunciou nosso fim numa noite de eclipse,
não era joão de deus, mas o do apocalipse

.

3 comentários:

Lê Fernands disse...

acertou no poderoso!!!



rsrs

bjsmeus, maria!

Unknown disse...

AH! Maria Paula!

Depois da reza veio o apocalipse?

Beijos, Mirze

Celso Mendes disse...

Muito bacana o poema. Gostei muito do espaço. Ótimos textos. Voltarei!

Beijo.