sábado, 30 de abril de 2011

alma de passarinho




viver é suave
grave é voar
feito ave

*
como andorinha,
corrupio, arrepio
e vivo por um fio

*
não choro por pena
é esse sol a pino
se pondo
 nos meus olhos, apenas

*
no ar, como urubu inquieto
rodo em círculos,
à espera de teto
pra pousar
só não sei voar

**
não gosto de famintos gatos
 a gente cai como p(r)atos
no fim é pena pra todo lado
( prefiro os bem apanhados)

*

2 comentários:

na vinha do verso disse...

em altitude
os versos voam
pairam
planadores

densa térmica

abs

Anônimo disse...

Bonito se colocar no lugar dos pássaros, uma delícia esses poemetos.

Beijo.