domingo, 17 de abril de 2011

ponto e vírgula



vai que eu venha rota de tanta derrota
você esfarrapado, apartado da rota;
vem que meu verso é branco e seu ouro, preto
vai que você vire o meu verbo do avesso;
vai que justo hoje você não dê azar
e São Francisco te despache pra cá

você vem manso e cobre com bom tom
minha boca semi árida, feito batom;
vai que você desenhe o vê da vitória
que eu te beije ávida na língua do pê;
quem sabe até caiba na nossa história
muito mais que um par perfeito clichê

você me encanta e eu con_verso convenço
que já não mais vivo ao pé da letra;
vem que eu cochicho em seu ouvido
até tirar do olvido todo o sentido
( vai que fica tudo resolvido...)

vai que eu te tome p(r)onto
você me some vírgula;
eu, Zorro; você, Tonto
a gente cante o conto
e aumente um contraponto

nem vem, vá por ali
que eu fico por aqui;
nos encontramos, enfim
por aí
-  quem tem boca, meu bem
vai a Roma, a Parati
e depois vem pra mim
.

2 comentários:

Talita Prates disse...

Sonhei contigo dia desses, Maria Paula. rs.
Sonhei que estava em BH, eu fui te fazer uma visita... rs.

Adorei o poema (o que não é novidade...)

Um beijo,

Talita
História da minha alma

Anônimo disse...

Gostoso de ler esse poema.

Na verdade, seus escritos têm sempre um dedilhar bom na gente.

Beijo.