vai que eu venha rota de tanta derrota
você esfarrapado, apartado da rota;
vem que meu verso é branco e seu ouro, preto
vai que você vire o meu verbo do avesso;
vai que justo hoje você não dê azar
e São Francisco te despache pra cá
você vem manso e cobre com bom tom
minha boca semi árida, feito batom;
vai que você desenhe o vê da vitória
que eu te beije ávida na língua do pê;
quem sabe até caiba na nossa história
muito mais que um par perfeito clichê
você me encanta e eu con_verso convenço
que já não mais vivo ao pé da letra;
vem que eu cochicho em seu ouvido
até tirar do olvido todo o sentido
( vai que fica tudo resolvido...)
vai que eu te tome p(r)onto
você me some vírgula;
eu, Zorro; você, Tonto
a gente cante o conto
e aumente um contraponto
nem vem, vá por ali
que eu fico por aqui;
nos encontramos, enfim
por aí
- quem tem boca, meu bem
vai a Roma, a Parati
e depois vem pra mim
.
2 comentários:
Sonhei contigo dia desses, Maria Paula. rs.
Sonhei que estava em BH, eu fui te fazer uma visita... rs.
Adorei o poema (o que não é novidade...)
Um beijo,
Talita
História da minha alma
Gostoso de ler esse poema.
Na verdade, seus escritos têm sempre um dedilhar bom na gente.
Beijo.
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