( por Márcio Ares da Silva *)
Tanto tempo de vida vivi por viver.
Nada criei, em nada cri, nada inventei que valesse a pena.
E, diferente de antes, muito antes, pouco fui feliz.
Tudo era inútil e pequeno. Urgente era partir.
Eu sou o homem que parte, para a pior parte,
e o menino que fica, face a face, com o melhor que fica.
As metades que me atravessam
são essa metade que resta e essa metade que insiste,
o menino que parte, o homem que fica.
Márcio Ares maio/2011
Márcio Ares é mineiro, filósofo, licenciado em letras, compositor, poeta, e policial militar.
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