sábado, 19 de novembro de 2011

Cordel da mulher zangada





Quando me bate uma zanga
abro o peito, solto a franga
falo pelos cotovelos
mostro a garra, eriço os pelos
não é que eu seja aloprada:
pra brigar eu dou boiada

Quando fico p da vida
armo o que até Deus duvida
faço bico, ofendo, emburro
em ponta de faca esmurro
eu não fico só de mal
mato a cobra e mostro o pau

Dizem uns que sou histérica
que conter-me é lida homérica
outros que sou barraqueira
é intriga da oposição:
desgraça pouca é besteira
sou mulher de opinião

Muita calma nessa hora
senão a fera apavora
dou chilique, faniquito
arrebento e arrebito
viro bicho, incrível Hulk
da finesse, adeus o look

Não mexa comigo, moço
que eu não engulo caroço
no facebook e orkut
me vingo, no saco um chute
posso não ter muito músculo
mas sou mulHer, agá maiúsculo
.

2 comentários:

fouad talal disse...

quero ver você do lado do tadeu martins "trovejando" esse cordel...rs

bjo mp!

Rômulo disse...

Não conheço o Tadeu Martins, mas eu tb gostaria de ver essa trovoada
cordelizada frente a ele, a pretexto de ser mulHer ... (com H maiúsculo).