terça-feira, 4 de agosto de 2009

Panis et circenses

( com Aléxia Alvim)

POEMETOS TRAGICÔMICOS

I - Malabarista

o gringo
degringolou:
gerou-se gigolô.

- * - * - * - *

II - Bailarina

Sem tutu,
apelou pra vodu:
golpe do Baú.

- * - * - * - *

III - Homem bala

Cômica química, vide bula:
por amor à Bela,
tornou-se tatu bola.

- * - * - * - *

IV - Domadora

Domada pelo homem fera,
gestou, engordou
agora é es fera.

- * - * - * - *

V - Trapezista

Na corda bamba,
quedou-se à coca
de Cochabamba.

- * - * - * - *

VI - Mágico

pagou mico,
aposentou o coelho:
virou Cartola.

- * - * - * - *


VII - Palhaço

perdeu o pé,
virou a pá,
viciou no pó.

- * - * - * - *

5 comentários:

nina rizzi disse...

mpalvim :)

é uma delócioa descobrir este seu espaço. li a página toda num arroubo ruozesco, leminstóco. alvinesco. não é à toda os poemetos aqui no canto esquerdo.

ainda estão me vi(b)rando suas letras.

beijo :)

nydia bonetti disse...

Adorei isto, Maria Paula. E "escrever pra que a alma
não se esgarce" é perfeito. Muito bom ter encontrado teu blog. Bjs.

Mara faturi disse...

Então...as "meninas" tiveram o prazer de te descobrir tb;)
Isso é melhor que ver a mulher barbada ou descobrir o truque do mágico, rsrs...Vc é puro encanto e deslumbramento do início ao " fim da linha"...
bjos;)

Lou Vilela disse...

Bela parceria!
Aléxia, como se pode observar, herdou a veia poética! ;)

Bjão

Anônimo disse...

Maria Paula, que maravilha você consegue com esse jogo de palavras. Adorei. Beijos. Manoel.