sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Abissais

Sete Faces


Bem lá no fundo,
Drummond queria
ser Raimundo

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O Garoto

Adorável Carlitos:
bem lá no fundo,
Chaplin, o vagabundo

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Machado sem cabo

Bem lá no fundo
se não nado
afundo

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Limbo

Bem lá no fundo
do mundo
fica o submundo

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Vai fundo

Quando procuro
bem lá no fundo
aprofundo

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Outra vez, de novo

No fundo
bem lá no fundo
Redundo

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2 comentários:

Beto Guimarães disse...

Bem lá no fundo
A sábia poeta Maria
É Ser de outro mundo

Tuca Zamagna disse...

Bem lá no fundo
Literal-mente
Ainda há mais fundo

Obrigado, conterrânea Maria Paula,
pela visita cordial e pela oportunidade de vir a conhecer as profundezas do seu espaço.

Seus poemas e seus/meus poetas me puseram bem à vontade, em casa, com esse cherinho de pão de queijo saindo do forno... iguaria mágica que sempre me revigorava nos fins de tarde em Beagá e me catapultava noite adentro ém direção às estrelas mais altas, bem lá pra cima da Serra do Curral... por onde eu flanava tímido, cometa com o rabo entre as pernas, até que elas, cadentes, me arrastassem de boteco em boteco Afonso Pena abaixo, rumo ao Lucas, profeta-mor do firmamento boêmio belorizontino.

Bjs