sábado, 4 de junho de 2011

moto contínuo




um filho é um pouco da gente
a gente é um nada no mundo
ah, se eu me chamasse raimundo
morreria num desastre, rima sem solução
no rastro do meu coração

deus é um pouco poeta
o poeta é um tanto profeta
o profeta é meio pateta
sonso, antevê o futuro
mas do agora, só pre(s)sente

o meio é o começo do fim
o sopro, tropeço do vento
o não é o preço do sim
humor é avesso do pranto
se leveza me falta, invento

cicatriz é saudade doída
prefiro dor mais elegante
que gente não é caramujo
pra carregar seu mundo
nas costas

.

2 comentários:

Primeira Pessoa disse...

e pesa, fia... como pesa...

beijão, MP!

Paulo Rideaki disse...

Hei Maria, vez enquanto procuro na internet formas e pensamentos relevantes!
Encontrei aqui neste espaço, muitos pensamentos que gostei.
Portanto serei um seguidor da tua forma relevânte, saiba que apartir de hoje serei o teu seguidor, e caminharei ao teu lado na minha eterna condição de um APRENDIZ!
NAMASTÊ, MUITO OBRIGADO POR EXISTIR!