domingo, 12 de junho de 2011

contrato de risco




Não, meu doce, não carece que me ceda nada de seu.
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Não cobrarei onde ou com quem esteve quando não estava ao meu lado.
Não farei vigília sobre os seus pensamentos.
Exijo apenas que seja livre para viver as suas verdades.
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Quero antes seu propósito diariamente renovado de amor à vida.
Desejo que conceda amar a si mesmo.
Peço bravura para aceitar como dádiva a chance de ser feliz.
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Então você me oferecerá um pouco de quem é.
E eu te ofertarei o que tenho - quem sou.
E juntos seremos oásis de paz para o outro.
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A isso, meu anjo, ao milagre da matéria, chamam Amor.
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3 comentários:

Aline /B. disse...

Amém!!!

tenenteares disse...

bonito esse seu texto. Tá beirando o caminho, sem volta, da dor, hein!? Ainda que aquela dor meio contente, meio mansa, meio violenta, meio sei lá o que!!! Beijo na alma,

Márcio Ares.

na vinha do verso disse...

um sim declarado assim, sem rico, sem juros, em
eternas prestações, até que o fim do contrato nunca mais os separe, ao milagre da matéria, é amor sim.

belo, Maria Paula