quarta-feira, 1 de junho de 2011

Eu piquinininho

( por Márcio Ares da Silva)




Desmancha o castelo dos meus cabelos, oh, mar, penteado de sal
e descansa na orla do meu sol o teu reino.
Constrói o tempo de areia, oh, criança mais grande,
e devolve o barco dos meus sonhos.
Colore a vida de azul
e faze pra mim o teu ir e vir de brinquedo.
Mas vem brincar comigo, de manhã,
que, à tarde, às vezes eu me entristeço
e a noite é um desenredo só
porque eu nunca sei, quando cantas,
se o teu canto é de apreço
ou se ruges de medo, de dor ou de dó

Márcio Ares da Silva  maio/2011
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4 comentários:

tenenteares disse...

Depois que eu passeei pelo seu blog, ao inverso aprendi, agora, a forma de comentar e, por isso, retorno a esse meu próprio verso. Bonitinho mesmo, mas tem um erro. Pra quem aceitou que você condenasse Camões, tenho que lembrar uma pessoa errada no início do poemazinho... "na orla do meu sol o TEU reino." Fiquei tão empolgado com o danadinho que deixei passar batido. Suspeito demais, né não??? Eh eh eh

Beijo na alma,

Márcio Ares.

tenenteares disse...

Ah, eu soube que você o tinha postado porque uma pessoa da Rede de Vizinhos Protegidos que coordeno, me enviou email dizendo que era bonito o poema. Saquei, na hora: ah, a Paula! O blog! Legal.

Márcio Ares.

Anônimo disse...

Belíssimo escrito! Às vezes à tarde, também entardeço. Conta pra ninguém não. Visite meu blog: Chegueiempasargada.blogspot.com
Bjo!

Anônimo disse...

Lindo, lindo, lindo e não é grande demais não..rsrsrsrsrss..