quinta-feira, 1 de março de 2012

última chamada



Que tal ir comigo ao cinema;
sentir meu cheiro de alfazema;
sob o luar ler um poema;
falar dos astros, do Sistema?
( com você, vale qualquer tema)
.
Quer banhar-se em cachoeira;
aquecer-se junto à lareira;
arrastar pé na gafieira;
ou um bingo na sexta-feira?
( topo até plantar bananeira)
.
Vem achar algo que te distraia;
andar de mãos dadas na praia;
celebrar, em doce gandaia;
correr, até que um de nós caia.
( te apresento pra Cláudia Raia)
.
Você topa passear no parque;
ir a um show do Chico Buarque;
deixar que a chuva nos encharque;
esperar-me no desembarque?
( por você - argh!-, como até charque)
.
Vamos olhar o pôr-do-sol;
juntos, praticar portunhol;
xingar juiz no futebol.
pescar com vara e anzol
( ou descobrir-me sob o lençol...)
.
Diz, por que este olhar tão triste?
Pra quê armar dedos em riste?
Sem amor, para que se existe?
Por que você tanto resiste?
( que mais faço que te conquiste?)
.
Ufa, deu até tendinite
Tem opção de sobra, acredite.
Aceite logo, não hesite,
que paciência tem limite!
( olha que passo pra frente o convite... )

.

2 comentários:

Fabrício César Franco disse...

Sabe do que tenho gostado? De você me provar, outra e outra vez, que a poesia pode e deve ser divertida; que apesar de tantos dizerem o contrário, a alegria também é matéria-prima da poética; que os chavões podem e precisam ser desfeitos para dar lugar ao novo, ao inusitado, à surpresa. Pois para mim, poesia é isso: a surpresa que o olhar capta na dança das palavras. Você é ótima coreógrafa!

Beijo!

J. D. disse...

Amei.