terça-feira, 14 de setembro de 2010

É agora, Maria




e agora, Maria?
não tem mais José
nem teogonia
rompeu-se o anel
 da monogamia
e as luas de fel
 de parca alegria
( pois é, quem diria...)
.
você que é tantas
tão cheia de graça,
agarre-se ao tantra
a vida é trapaça
qual queima de estoque
das casas Bahia
avance, tropece
(trespasse, vadia)

sozinha no escuro,
supere, só_ria
a palavra é prata,
silêncio, de ouro,
a lavra te cobre
( te resta a poesia)

bendita Maria
 que um raio a parta
conceda alforria
declare-se farta:
liberte-se
(ainda que tardia)
.
É agora, Maria.


.

3 comentários:

Primeira Pessoa disse...

é agora!

bonito, moça! muito bonito.

Beto Guimarães disse...

Como sempre, genial.

Sílvia Ribeiro disse...

Adorei a conversa com Drummond...
Belíssimo seu site! Voltarei sempre,
Abraço