o que mais me dói agora
é ver esse infinito amor finado
é não cruzar teu olhar de outrora
agora que me conjugas passado
(perdido, posto, acabado)
o que mais me dói agora
da garganta por um nó te prendo
do corpo pelos poros me escapas
agora a vida insone me apavora
(meu sonho, o teu devora)
receio que o que mais me dói agora
é perceber que na madrugada vazia
só lembranças me farão companhia
agora que a ausência de ti vigora
no fundo, sinto que o que mais dói agora
é pressentir as propostas sem propósito
consentir na espera que desespera
agora que sei que a paz inda demora
o sonho acabou, te pergunto ciente
como sublimar um amor que evapora
peço que esclareças antes de ir embora
a mim, que só te sei conjugar presente
.
.
3 comentários:
Um fim é sempre menos bom que um início. Mais ainda quando se fala de amor. Até porque em relação ao coração, neste caso, não há como recuperá-lo, intacto.
Gostei do poema. Uma belíssima cascata de palavras.
1 Bj*
Luísa
o inferno particular
também é florido
...
(massa esse poema!)
beijo carinhoso.
azar no jogo?
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