domingo, 3 de abril de 2011

Quase vítima


Há um tempão que eu não escuto
num esbarrão, quase num susto,
alguém me olhando nos olhos
dizer que boca gostosa
que sorriso mais bonito
e eu, comigo noutros olhos,
olhando o que eu sou de fora
sorrindo o meu próprio riso

Há um tempão que eu não insisto
em negar, ou quase isso,
um olhar dizendo é hora
se aos meus olhos, noite afora
fui meu auto sacrifício
e eu contigo, nessas horas,
sorrindo o que eu sou agora
trombo em versos mais bonitos

Márcio Ares, abril/2011
http://www.marcioares.blogspot.com/

Márcio Ares é mineiro, filósofo, compositor, poeta, fotógrafo, e policial militar. Insiste em não atualizar o seu blog pessoal - o jeito é sequestrar os versos bonitos que ele me mostra e publicar aqui. 
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3 comentários:

Lê Fernands disse...

estamos sempre nos transformando...

que bom!

Anarcofagico disse...

Gostei das rimas. Belo poema.

Abraço, poeta!

tenenteares disse...

Ah, Paula, sua sapeca!!!

Sempre ousada e quase sempre certa!

Obrigado pelo norte nessas coisas tão modernas.

Obrigado pelas notas de carinho tão sincero.

Obrigado por você existir na minha vida.

Beijo na alma, poeta!