The persistance of memory - Salvador Dali
tardes quentes de verão
percebo que tenho sombra
chovo forte, à exaustão
enfrento o escuro que assombra
nas noites frias do outono
conheço a lição do Nada
o que não posso, abandono
renúncia faz-se calada
em madrugadas de inverno
volto pra dentro de mim
acolho-me, ser eterno
regresso pra de onde vim
das manhãs de primavera,
aprendo a confiar silente
degusto o sabor da espera
tempo é produto da mente
observo, por onde vou
peças de um elo perdido
cumpre-se aquilo que sou
nada mais me é pedido
.
5 comentários:
[um quase canto da terra, de onde a melodia se ergue do chão em palavra de forma]
um imenso abraço,
Leonardo B.
a cada estação, o pouso, a parada, a sensação
beijo
É Maria Paula!
Todas as estações vivem em você de forma maravilhosa!
Beijos
Mirze
o tempo traz as respostas! Muy bueno!
Poema sábio e atemporal. Muito bom de ler!
Beijo, moça!
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